Retirado do Blog do Paulinho (
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/05/27/r-i-p-mesas-redondas-de-futebol/).
Considero este blog como uma ferramenta importantíssima para que se descubra muito através do exterior o que acontece no interior. Entenda-se "interior) como assuntos ligados ao futebol do RS mas que são tratados por aqui como "dogmas".
O assunto do post vem de encontro a um tema que combato muito nos meios de comunicação hoje em dia. na ânsia em alcançar audiência, seguidores e etc.. muitos profissionais, antes sérios, passaram a viver de piadas, provocações e opiniões polêmicas. Muitas vezes polêmicas desnecessárias como para qual clube torce namorada de jogadores, comparar jogadores medianos com craques do passado, a cor da gravata do técnico e por aí vai.
E quando o próprio autor das bobagens posta a confissão de que as faz apenas para ganhar evidência?
Isso é FOLCLORE, não jornalismo sério de informação.
E a nova geração, embalada pelos twitter´s e facebook´s da vida, ja começa sua carreira na esteira da besteira.
Tem muita gente boa na ativa e outros novos aparecendo? Claro que sim. porém são poucos.
Cabe a estes poucos combater aqueles que estragam sua profissão.
R.I.P. Mesas Redondas de Futebol
Antes afamadas, relevantes e sempre comentadas, hoje as
Mesas Redondas voltadas para o futebol descansam em paz, quase sem serem
notadas pelo público.
É o resultado da troca do jornalismo pelo entretenimento e
também da covardia que atinge desde a Editoria até os próprios membros desses
programas.
Nas décadas de 80 e 90, o formato chegou a atingir
expressivos 8% de audiência.
Hoje, quando chega a ½ %, os espumantes são abertos para
comemoração.
Nada do que é dito nesses debates, nos dias atuais, tem a
menor relevância.
Fala-se apenas do que o torcedor já está cansado de ver e
escutar durante todo o dia, como as chatíssimas analises táticas (quase todas
equivocadas ou resultado de “chute”), os questionamentos de que se houve ou não
penalidade, se fulano deveria ser expulso, etc.
Nada que prenda a atenção do telespectador.
Ninguém se aprofunda sobre temas relevantes, no máximo,
toca-se num ou outro assunto, sem que opiniões fora do politicamente correto
sejam emitidas.
Verdades de bastidores costumam ser vetadas para que os
jornalistas não se indisponham com os clubes e seus dirigentes.
Os entrevistados, então, quase sempre são amigos dos
entrevistadores, ou, quando não, pagam para estar ali e serem bajulados.
Não se faz perguntas que possam deixar o entrevistado
“chateado”, impedindo que o público tenha acesso a possíveis contradições ou
informações que anteriormente surgiam de surpresa.
Os próprios jornalistas, receosos de seus empregos,
acomodaram-se, e sequer brigam por uma melhor condição de trabalho, submetendo-se
ao sistema, e, por consequência, perdendo credibilidade.
Hoje, nas principais emissoras do país, o público assiste à
morte gradual desse tipo de programa, pelo menos dos que sobraram, alguns até
com passado interessante, mas que hoje são caricaturas mal desenhadas de
jornalismo, servindo apenas para vender produtos e jogar conversa fora.
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